Trump causa rebuliço ao deixar mudanças climáticas de fora da segurança nacional
Em carta endereçada ao presidente dos EUA, congressistas americanos exigem que o líder reconheça as mudanças climáticas como uma grave ameaça ao país. Será que a consciência climática chega em tempo de a humanidade evitar seus piores efeitos?
Os principais emissores de gases de efeito estufa dão sinais – e alguma esperança – de que seremos capazes de atingir as metas estipuladas pelo Acordo de Paris, e evitar que a temperatura não ultrapasse 1,5° Celsius. Os chineses, por exemplo, já avisaram que não devem voltar atrás em suas políticas de investimento em energia limpa, e revisam para cima, as metas de corte de emissões para as próximas três décadas.
Esta semana, uma carta assinada por 106 congressistas e endereçada ao presidente Trump, deputados e senadores americanos pedem que Trump inclua imediatamente as mudanças climáticas na estratégia de segurança nacional, a exemplo do que aconteceu em 2015. Trecho da carta diz que “as instalações militares e uma série de comunidades se colocam sob forte ameaça na medida em que a temperatura global aumenta, o nível do mar se eleva e as paisagens se modificam. É imperativo que os EUA abordem essa crescente ameaça geopolítica”. A carta foi assinada por membros dos comitês de serviços armados da Câmara, das Relações Exteriores e da Inteligência dos EUA.
O governo do Reino Unido recebeu também esta semana um relatório do Comitê de Mudanças Climáticas sugerindo uma rápida revisão das políticas de redução de gases de efeito estufa, já que a atual não seria capaz de atingir os objetivos do Acordo de Paris. A estratégia de desenvolvimento limpo em curso “não vai ser suficiente”, de acordo com a análise e “medidas urgentes” serão necessárias caso as metas sejam mantidas. De acordo com o relatório, seria preciso investir seriamente na captura e armazenamento de carbono, além de mudanças no transportes, com foco em veículos de baixa emissão. O governo informou que vai rever as políticas.